Estratégia Reforma Trabalhista

A CLT ao redor do mundo

Você conhece a origem da palavra “trabalho”? Já avisamos que ela não é lá muito convidativa: ela vem de tripalium, que, em latim, significa instrumento utilizado pelos romanos para torturar escravos.

Não é à toa que hoje, tem muita gente que, quando o despertador toca de manhã cedo, concorda com os romanos sobre o significado da palavra, considerando seu trabalho uma tortura diária.

No entanto, não deveria ser assim, pois, é, justamente, através dele que temos a oportunidade de progredir na vida. E quando se trabalha com algo que se gosta, nunca será um sacrifício e, sim, algo gratificante.

Bem, meu caro leitor, a realidade é que todos precisamos trabalhar e, com o avanço da humanidade, foi necessária a criação e adaptação de regras trabalhistas, visando uma relação saudável, entre trabalhadores e empregadores.

E esse é o tema do nosso artigo. Sem entrar em polêmicas, vamos falar sobre a CLT ao redor do mundo e fazer uma breve comparação da nossa realidade, incluindo a (tão falada) reforma trabalhista.

No Brasil, a reforma continua em andamento

Sem entrar no mérito político, a realidade é que a reforma trabalhista foi feita para atualizar uma legislação com mais de 70 anos de idade, escrita quando as condições sociais e de trabalho eram completamente diferentes das atuais.

Por exemplo, um dos problemas, atualmente, para combater o desemprego, são os encargos que todo empregador precisa arcar ao contratar um funcionário.

Nesse contexto, a reforma trabalhista procura flexibilizar as relações empregatícias, amenizando alguns pontos sem ameaçar direitos adquiridos pelos trabalhadores ao longo dos anos.

A expectativa é que as mudanças favoreçam a geração de postos de trabalho, diminuindo as altas taxas de desemprego existentes.

Mas, devido à polarização política que vivemos, o que ocorreu foi uma grande polêmica, em que uns defendiam a reforma, dizendo que seria totalmente benéfico enquanto outros, a atacavam ferozmente, chegando a dizer que estava acontecendo a uberização do trabalho.

CLT ao redor do mundo

Você acha que regras inusitadas, relativas ao trabalho, acontecem só no Brasil? Ledo engano, meu caro.

Fizemos uma pesquisa e descobrimos alguns fatos no mínimo curiosos (leia-se estranhos) acontecendo em outros países.

1) Japão: a terra dos samurais tem uma lei determinando que os trabalhadores entre 40 e 74 anos de idade tenham suas medidas físicas registradas. O objetivo da lei é proteger os trabalhadores da obesidade, e se as medidas forem acima da determinada pelo governo, os ‘gordinhos’ precisam frequentar aulas sobre doenças causadas pelo sobrepeso (já pensou se essa moda pega por aqui?);

2) Japão: ainda na terra do Sol Nascente, na cidade de Isesaki, os homens precisam estar barbeados para trabalhar. Parece que a lei não é, atualmente, levada tão a sério, mas já foi rigorosa com os japoneses barbados;

3) China: as mulheres são proibidas de trabalhar em empregos que exijam muita força física. O governo tem uma lista de trabalhos nessa linha, com vários critérios, como, por exemplo, carregar mais de 20 quilos;

4) Arábia Saudita: existe uma lei determinando que as lojas de lingerie só podem empregar mulheres. A intenção do governo é que as clientes se sintam mais confortáveis ao comprar estes produtos;

5) Índia: a terra de Gandhi possui uma lei dizendo que empresas com mais de 100 funcionários precisam pedir autorização ao governo para demitir alguém.  A exceção é feita apenas se comprovar que a pessoa teve conduta criminosa. Essa legislação é da época da colonização britânica (e a gente achando que a nossa CLT é que é da semana passada)

6) Madagascar: a lei proíbe mulheres de trabalhar no período noturno, a não ser que seja em “estabelecimentos familiares” como, por exemplo, organizações religiosas.

CLT no Brasil e em outros países

Agora que já vimos a parte curiosa das regras trabalhistas, vamos fazer uma pequena comparação entre a nossa realidade e a CLT ao redor do mundo.

Jornada de trabalho semanal

Aqui no Brasil precisamos trabalhar 44 horas semanais. Mas, em países como a China, o Japão e os Estados Unidos, a jornada semanal é de 40 horas. Na Argentina, México e Inglaterra, aumenta um pouco, com a carga de 48 horas.

Agora, se você quiser trabalhar na Alemanha, prepare-se, porque lá não existe limite para a jornada semanal. O que pode ser muito bom ou extremamente ruim.

Férias anuais

No Brasil temos, em média, 21 dias úteis de férias, descontando os finais de semana. Acima desse limite está apenas a Inglaterra, com 28 dias úteis.

Na Alemanha, são 20 dias, enquanto outros países permitem menor número.

Nesse grupo, temos (em ordem crescente de cansaço), a Argentina, com 10 dias úteis, o Japão, com 8, o México, com 6, a China, com apenas 5 dias úteis e, o campeão, Estados Unidos, onde não há qualquer obrigação de conceder férias.

Licença maternidade

Nesse quesito, estamos bem na foto. O único país no mundo que supera o Brasil, no tempo de licença maternidade, é a Inglaterra, com 52 semanas. Mesmo assim, a remuneração não é integral, decrescendo ao longo do tempo.

Aqui, nós temos 17 semanas, com remuneração integral.

Outros países, como a China, a Alemanha e o Japão, oferecem 14 semanas, enquanto Argentina oferece 13 semanas e México, 12 semanas apenas.

Nos Estados Unidos, a licença também leva 12 semanas, porém, sem qualquer remuneração (pobres mães).

E a sua empresa, está pronta para a reforma?

Seja lá qual for o rumo que as novas regras da reforma trabalhista irão tomar, sua empresa precisa se preparar (afinal, com o governo, nunca se sabe) e você precisará de apoio para acompanhá-las.

Ainda que localmente seja difícil acompanhar tantas alterações, que mais parecem novas temporadas de séries de ficção, na HX temos uma equipe totalmente preparada e atualizada para auxiliar sua empresa.

Ainda inserimos todas as regras trabalhistas em sistemas em nuvem de processamento da folha e de RH, para que o compliance de sua empresa esteja sempre em dia, melhorando a experiência de seus colaboradores.

Gostou? Faça contato para saber mais. De preferência, antes da reforma virar um tripalium na sua vida empresarial.

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