Contabilidade

Como o RH pode diminuir o turnover e os gastos com despesas trabalhistas

Não é apenas a área de Recursos Humanos que tem arrepios com a palavra “turnover”, termo que, traduzido do Inglês para o Português corporativo, tem o sentido de “rotatividade de funcionários”.

O Financeiro também está sujeito a pesadelos quando se trata de turnover. Afinal, o custo envolvido no desligamento de colaboradores – que inclui despesas como o pagamento de encargos e de impostos trabalhistas – e na contratação de substitutos é elevado e a tendência é que não seja recuperado.

Assim, caso a rotatividade seja alta, as finanças da empresa podem sofrer prejuízos importantes, comprometendo o fluxo de caixa no curto prazo e o aporte de investimentos no médio e longo prazos.

Neste artigo, vamos falar sobre como as empresas podem diminuir o turnover e os gastos com despesas trabalhistas, além de mostrar algumas das práticas de RH essenciais para prevenir que a rotatividade alcance índices excessivos. Fica com a gente e boa leitura!

O que é turnover?

Turnover é um índice utilizado pelo RH para avaliar o grau de rotatividade de funcionários de uma empresa, medindo o fluxo de entradas e saídas de colaboradores em um determinado período de tempo.

Uma série de aspectos são considerados nesse cálculo. Além das demissões e contratações, também considera questões como transferências de funcionários entre unidades, aposentadorias, afastamentos por problemas de saúde, entre outras.

Se o índice estiver elevado, o RH deve avaliar a situação e buscar os motivos que levam ao crescimento do turnover, investigando, até mesmo, razões específicas que culminaram com o desligamento de funcionários.

Esse tipo de análise pode indicar se existe algum fenômeno interno que está prejudicando a retenção de profissionais e que deva ser combatido para reduzir as taxas de rotatividade.

Como calcular o turnover e saber se o índice está elevado?

Como acabamos de ver, a análise criteriosa do turnover é reveladora quanto a uma série de importantes indicativos a respeito da empresa, principalmente no que se refere à capacidade de reter talentos.

Da mesma forma, o estudo também demonstra o grau de atratividade da companhia para novos colaboradores e se as atividades da área de Recrutamento & Seleção necessitam de ajustes para que as contratações sejam mais assertivas e acertadas.

Por tudo isso, é fundamental conhecer o índice de turnover, especialmente no caso das pequenas e médias empresas.

Mais do que um mero dado estatístico, ele é um “termômetro” que indica a qualidade das relações existentes entre a empresa e seus colaboradores.

Entre as fórmulas matemáticas utilizadas para calcular o turnover, a que melhor se destaca é:

    Turnover = [ (total de admissões + demissões no mês) / 2 ] / total de colaboradores no mês x 100

Traduzindo:

  1. Soma-se a quantidade de admissões e demissões realizadas no mês e divide-se por 2 para se chegar ao valor médio de alterações na equipe no período.
  2. Divide-se o resultado pelo número total de funcionários da empresa no mês e multiplica-se por 100 para obter o índice de turnover já em cifras percentuais.

Apesar de não ser uma “ciência exata”, essa metodologia tem revelado na prática que, quando o resultado é superior a 5%, o índice de turnover está elevado e é preciso adotar medidas para diminuí-lo.

Que despesas estão relacionadas ao turnover?

O desligamento de funcionários e a contratação de novos colaboradores implica em uma série de custos que, se não estiverem equacionados, podem prejudicar a gestão financeira da empresa.

Confira alguns deles:

1. Encargos e impostos trabalhistas

Existem diversas despesas envolvendo o desligamento de funcionários, e a somatória de valores pode causar problemas às finanças da empresa se não houver um contingenciamento anterior de recursos para esta finalidade, algo que pode ser previsto quando a companhia adota um modelo de Contabilidade Consultiva.

Os principais custos relacionados ao desligamento de funcionários são:

  • Férias e 13° salário proporcional, entre outros encargos trabalhistas.
  • Eventuais multas rescisórias.
  • Despesas com benefícios e bônus previamente acertados.
  • Custos com exames e entrevistas de desligamento.
  • Acerto de acordos trabalhistas quando o colaborador aciona a empresa judicialmente.

2. Custos com contratação

A contratação de novos colaboradores é outro processo que incorre em uma série de custos para a empresa, com reflexos diretos no financeiro. Entre elas, estão:

  • Anúncios e divulgação de vagas.
  • Mão de obra de profissionais internos de RH ou de consultorias.
  • Custos relacionados ao processo de recrutamento (salas de entrevistas, equipes voltadas à seleção etc.).
  • Treinamento e capacitação dos novos funcionários.
  • Perdas decorrentes de eventual diminuição na produtividade durante o período de adaptação.

Como o RH pode diminuir o turnover?

Após conhecer qual é o índice de turnover e entender as consequências ruins que ele acarreta para as finanças e, até mesmo, ao planejamento estratégico da empresa, cabe ao RH adotar medidas para reduzir a taxa de rotatividade de funcionários.

Existem várias ações que podem ser aplicadas e que acabam tendo um efeito direto no aperfeiçoamento da própria cultura organizacional da companhia.

1. Desenvolver um processo eficiente de onboarding

A retenção de talentos começa logo nos primeiros dias de trabalho, durante as etapas de recepção e adaptação oferecidas aos novos funcionários, também conhecido como onboarding.

É nesse processo, que visa o acolhimento do novo colaborador, que ele é apresentado à empresa, às lideranças departamentais e novos colegas, e também a seus valores organizacionais, envolvendo aspectos como inclusão e sustentabilidade.

2. Promover feedbacks constantes

Uma das maneiras mais eficientes de o funcionário se sentir reconhecido e valorizado é oferecer feedbacks frequentes sobre o seu desempenho, apontando, de maneira construtiva, os pontos de melhoria que devem ser motivo de maior atenção.

Da mesma forma, o RH e as lideranças devem estar abertas às opiniões e sugestões dos colaboradores, como forma de manter equilibrado e saudável o ambiente de trabalho.

3. Cuidar do bem-estar das equipes

Benefícios trabalhistas – como planos de saúde e odontológico, entre outros – são importantes, mas nem sempre suficientes para assegurar um bom clima organizacional e o interesse do colaborador em se manter no emprego.

Em sua estratégia, o RH deve oferecer boas condições de trabalho, valorizando a realização constante de treinamentos e implementando outros aspectos de teor mais subjetivo.

É o caso de cultivar o bom relacionamento interno entre as pessoas e as equipes, promovendo um sentimento de acolhimento e de pertencimento à organização e, até mesmo, criando ambientes de convívio durante pequenas pausas no expediente.

Reduzir o turnover faz bem para o caixa da empresa

Quando uma empresa reduz a taxa de rotatividade de seus funcionários, ela promove avanços importantes em duas frentes.

De um lado, mantém aceso o interesse dos colaboradores em continuar a trabalhar no local, harmonizando o ambiente organizacional e, assim, estabelecendo um parâmetro importante para o aumento da produtividade das equipes.

Por outro lado, ao diminuir o turnover, contribui para manter o equilíbrio das finanças ao reduzir os gastos com despesas trabalhistas relacionadas ao desligamento de funcionários e também aquelas necessárias para a contratação de novos talentos.

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